segunda-feira, 4 de maio de 2015

Integrados?

Eu diria que sim, em partes, rs...

Tenho boas amigas suíças, daquelas suíças da gema, rs e de carregar pra vida inteira!
É difícil SIM fazer amigos por aqui e hj sendo amiga de algumas poucas delas, eu entendo o porque.
mas se eu começar a falar disso.... renderia outro post.

Meu filho mais velho (5anos) tem bons amigos daqui, ando na rua, lojas, shoppings e me sinto completamente integrada.
Claro que o melhor seria se eu tivesse um emprego de verdade, mas por hora me dedico a ser mãe. É cansativo, muitas vezes dá vontade de ir realmente trabalhar longe do estresse da casa, mas passa e vejo que por hora preciso SIM me dedicar à eles.

Por isso falei "em partes" no início do meu texto. Acho que se estivesse empregada, seria 100%.

Já trabalhei como coordenadora de uma espécie de creche, onde eu levava meu filhos e estava quase sempre com eles e foi muito bacana. Coordenei uma equipe de 12 pessoas, mulheres de diversas nacionalidades, que também estavam ali buscando a integração ao bairro, à cultura, etc. Foi uma experiência muito bacana e válida. Precisei sair, por motivos pessoais. Foram 4 anos muito bons e de muito aprendizado, mas tem uma hora que precisamos focar naquilo que realmente nos faz feliz e com a mudança de chefia... muitas divergências vieram e optei por não fazer parte daquilo que não acredito.

Chegamos e tratei logo de aprender alemão, o que já é 50% para entender o dialeto usado por aqui, este que ainda não falo, mesmo após 7 anos aqui, mas já entendo melhor.
Claro que este é um ponto fundamental, sem conseguir se comunicar, acho complicado alguém se sentir integrado.

Não me sinto estrangeira em terra alheia, por mais que muitos nos lembrem disso a cada dia.
Me sinto em casa mesmo, como se sempre tivesse vivido aqui.

Sinto falta de muita coisa, mas agradeço por não sentir falta de muitas outras.
Aqui são todos menos materialistas, ou a grande maioria, não existe a imposição da moda, não existe "cobrança" ou competição em ter isso ou aquilo, ser isso ou aquilo.

Vc é quem vc quer ser, veste o que quiser, penteia o cabelo se quiser, se arruma de qualquer jeito, ou nem sequer se arruma e sai... isso é legal e também ruim.

Sempre falamos disso, uma amiga também brasileira de SP que vive aqui, um vestidinho simples que usaríamos para ir num shopping passear e tal, aqui vira vestido de gala para ir a casamento.
Loucura né?!

Então Sim estamos integrados! =D




terça-feira, 10 de março de 2015

Qualidade de vida em Zurique

... tema complicado... Defina: qualidade de vida!

 Violência aqui realmente é no limite do zero, não temos medo de andar nas ruas em quase 100% dos bairros. Quase! Claro que existem lugares que é melhor ficar longe, ou andar acompanhado. Um deles é a famosa e uma das mais brasileiras ruas, Langstrasse, rua famosa por seus bordéis. Um nível um tanto quanto baixo, muitos bêbados, dia e noite... drogados, rua das prostitutas e mulheres de vida sacrificada, ao meu ver.
 Fácil estar ali e ver um bonitão entrar numa casa de show com uma mulher horrorosa, desculpem a sinceridade. Afffff....

 Sobre qualidade de transporte... ok... realmente é maravilhosa, eu usava muito antes de ter meus filhos e amava. Mas hj estou longe desta realidade, com 2 filhos pequenos faço tudo de carro. Então pra mim deixou de ser um quesito "qualidade de vida" o transporte público, na minha visão do que seria qualidade de vida pra mim. Óbvio! Pro meu marido continua sendo fundamental!!!

 Outro ponto é... compras... tudo o que vc sonha comprar...dificilmente vai achar, kkkkkkk. Ai que exagerada! Mas é quase isso.
O lado bom disso, é que o consumismo é pequeno.

 Restaurantes... esqueça! Come-se OK por aqui. Não existe aquela maravilhosa oferta de muitos restaurantes, de todo lugar do mundo... os restaurantes existem é claro, mas a grande maioria é ao melhor estilo familiar, bucólico e CARO! Sempre brincamos dizendo que aqui o que se come é Roesti(Batata ralada, frita em forma de omelete) ou Schnitzel (empanado de carne de porco), não importa a qual restaurante vc vá, esses são os pratos. O que vai diferenciar é o preço, comendo na Rede de Mercados Migros, vc pagará por isso 20 francos e num restaurante mais chiquetoso 38 francos, pelo mesmo prato. Rs...
Schnitzel típico

Muitos cafés lindos espalhados pela cidade... muito verde... é lindo! Daí nos deparamos com os serviços... bastante limitado e caro, voltamos aquela ideia inicial do consumismo diminuto.
Então nada de espanto.

Qualidade de vida... qualidade de vida... penso, penso e não consigo encontrar uma resposta conclusiva. Temos sim uma qualidade de vida muito boa, mas não pense que aqui é o mar de rosas.
Aqui na verdade a vida é muito mais dura que em outras cidades.
E acho que se o fator determinante de qualidade de vida for a ausência de violência, estamos muito bem, assim como inúmeras cidades espalhadas pelo mundo.


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Viver sempre!

Filhos, casa, correria... blog abandonado e a vontade de falar de tanta coisa... Preciso retomar, preciso!!! Por mim, pelas minhas ideias, pela vontade de falar... Temas que deixo aqui para consulta, quero falar sobre eles em breve. 1) Qualidade de vida em Zurique. (O que penso) 2) Sistema escolar Suíço 3) Integrados? 4) Trabalho x mulher 5) Carro (Leasing x carro próprio) 6) o vestibular da moradia (rs) E tem muito mais... mas pra um começo...tá mais que bom.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Não vá ao médico

Aproveitando o resfriado brabo que me pegou, vou aproveitar e escrever um pouquinho sobre como é estar doente por aqui e o que vc deveria saber desde sempre, rs. Primeiro a saúde funciona super bem, mas custa super caro, assim como o transporte público. Se soubesse de uma dica básica desde que chegamos... teríamos poupado centenas de francos, eu disse CENTENAS! Isso que raramente ficamos doentes. A ideia inicial é realmente não ir ao médico à toa, pq vai lhe custar E muito. O Plano de saúde existe, é obrigatório e caro... e cada vez q vc faz uma consulta a conta chegará pra vc (geralmente bem salgadinha), vc paga e manda o comprovante para o plano. Este irá analisar e reembolsará o que julgar justo. (Ódio mortal dessa parte) Enfim... não tem ossos quebrados, nada para ser operado, costurado ou coisa assim mais grave... não vá ao médico! Ficará sem atendimento?! DE JEITO NENHUM! Mas aprendi com uma amiga Suíça a "manha" daqui, mto mais barata por sinal, rs. Vá a farmácia mais próxima a sua casa, explique tudo o que está acontecendo ao farmacêutico que te atender, se for alergia vão querer ver, se for gripe, vão perguntar detalhes... eles são bons e preparados! Não são meros vendedores de remédios não! Tem formação e sabem o que estão fazendo e caso seja algo mais delicado, eles indicam uma ida ao médico. Então eu grávida, toda entupida, garganta fechada, nariz entupido, dor de cabeça e tudo doendo, fui ontem à farmácia e voltei munida de alguns remédios todos permitidos p gestante e receitados pela farmacêutica. E ainda recebi dicas caseiras de como amenizar sintomas e por isso paguei apenas o valor da medicação. Poupei belos Sfr 250,00 que certamente não seriam reembolsados pelo plano de saúde e mais... sairia de lá sem medicação com a frase: "Calma, seu corpo precisa reagir e o fará!" Tudo bem, pode ser até que reaja mesmo, mas eu que não vou ficar sofrendo até o ciclo do resfriado passar, tô fora! Do mesmo jeito quando meu Oliver de 2anos e 5meses, atuais, fica resfriadinho, tem alguma alergia na pele... primeiro passo... levá-lo à farmácia. NUNCA, JAMAIS levei Oliver ao médico por causa de uma febre e hj vejo que no BR muitos hospitais e pronto socorros estariam mais vazios se as crianças tivessem doentes de verdade, imagino até que muitas saem de lá mais doentes do que chegaram. Aqui a gente aprende. Aprende que nem toda febre é o fim do mundo, que antibiótico não é a solução pra todos os males e que certas doenças infantis não precisam de medicação nenhuma! Hj conto nos dedos (de apenas 1 mão) quantas vezes Oliver tomou antibiótico na vida. Tenho amigas no Br que pela mesma doença dos filhos fizeram uso de antibiótico, enquanto nós um remédio p febre e paciência, calma... Então a dica é... farmácia! Vá primeiro à farmácia! =D

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

2012 !!!

Legal recomeçar... E ainda melhor quando o recomeço vem basicamente por atender um pedido, de alguém que sequer conheço e que "me achou" navegando numa madrugada, rs. Acho que depois q a adaptação passa, fica mais difícil de enxergar o que é diferente, pois já estamos acostumados, não nos surpreende quase nada mais. Mas vamos resumir o 2012 até agora! =D Acho que a primeira grande novidade é que estamos novamente grávidos! De exatas 18 semanas e 4 dias. Ainda não descobrimos 100% o sexo do baby que está a caminho, mas o médico deu um palpite na última consulta que virá outro garotão! =D Partindo desse pressuposto, rs, fizemos uma festa de revelação do sexo do bebê, organizado por uma amiga querida, isso merece um post especial. (Bom q já tenho assunto pra um próximo post) Outra novidade é um trabalho que consegui. E Oliver, hoje com 2 anos e 5 meses vai trabalhar comigo! Continuo cuidando dele 100%! O trabalho é num centro familiar, onde mães cuidam dos filhos de outras por 3h, como se fosse uma espécie de creche, mas sem pré-incrição, matrícula, nada. Basta chegar e deixar o filho conosco e ir fazer compras, cortar o cabelo, tomar um café com amigas ou até mesmo arrumar a casa sem a presença do pequenininho. Eu adoro! Tanto que trabalhando lá por 1 mês, fui convidada para ser a coordenadora. Achei o máximo! Até mesmo porque somos 11 mães que lá trabalham e sou a única não sou a única e mesmo assim fui a escolhida. Meio constrangedor no início pq não domino o idioma, mas todos estão gostando do meu trabalho. Comecei em maio como coordenadora e até agora só alegria. Farei a primeira reunião oficial com todo o grupo dia 12.8! Vamos ver o que me espera, confesso já estar ansiosa. Vou deixar pontuado sobre o que posso escrever, pq cabeça de grávida é um problema, rs. 1) Oliver e a aquisição da linguagem 2) A decisão de ter outro filho 3) Festa de revelação do sexo do bebê 4) A compra do primeiro carro (nas bandas de cá) 5) Agenda e rotina do Oliver Acho que é isso! Agora vou tentar me empenhar mais no blog, rs. Obrigada Juliana Schlup!!! =D

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ter um filho

Ter um filho não é fácil e ao mesmo tempo é maravilhoso.

Bastante contraditório, eu sei, mas é a verdade.

Ter um filho em Zurique tem suas facilidades e lógico dificuldades.
Vamos começar pelo melhor?! Rs

O que adoro aqui é a participação efetiva que tenho na educação do nosso filho, o que é sem dúvida alguma um privilégio.
Juntos vamos diariamente a parquinhos, fazemos aula de música 1x por semana, natação 1x por semana também, grupo de bebês de uma associação do bairro, vamos muito a casa de amiguinhos e os recebemos aqui; temos a sorte de morar muito perto de um bosque e um lago lindíssimo ( Katzensee) onde vamos semanalmente e meu pequeno está em contato direto com a natureza, coisa que não tive.


Katzensee- Outubro 2011

Isso é bacana, moramos na cidade e toda manhã vemos as vaquinhas que veem pastar basicamente no nosso "quintal", temos um bosque com seus animais que por lá habitam, um lago lindo que podemos entrar no verão, curtir no outono e na primavera e caminhar sobre ele no inverno! (Pois sempre congela!)
Caminhamos 3 minutinhos e já estamos na natureza. Isso é quase irreal e delicioso.



Não temos carro e a cidade tem uma mega estrutura real. Vou com nosso filho no carrinho para todos os lados, subo em trem, ônibus, tram e por qualquer lugar que vá existirá elevador, rampas de acesso, etc... é realmente fácil e prático; faça sol, chuva ou neve. Rs


A parte mais difícil seria aquela de não ter alguém que ajude nas tarefas pesadas da casa, não ter esse apoio as vezes estressa, além da família estar longe é claro.
Mas existem meios de facilitar um pouco a vida e volto logo pra descrever o que temos feito. :)

Por hoje é isso! =)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

lembram das bolsas Freitag?!

Lembram aquele post sobre as Bolsas Freitag?!
Continuo não querendo uma NEM de GRAÇA!!! Mas acreditem ou não meu marido comprou uma e pagou carinho por ela.

Ok, 3 anos depois já me acostumei com a bolsa e ela tem até seu charme (heim?!), mas se o que vale é o conceito ecológico... ok, dou meu braço a torcer.

Não são assim tão horrosoras, rs.

Recebi um e-mail à época, daqueles bem grosseiros e sem muito a acrescentar, por isso sequer o publiquei aqui. Críticas nada construtivas merece apenas uma coisa: desprezo.

Não retiro nenhuma palavra do antigo post, mas não tenho nenhuma vergonha ou medo de dizer, ok pras feiurinhas ecológicas, rs.

O ser humano pode e deve mudar, sinal de inteligência e humildade! ;)